poetando
fazer poesia é como viajar na inconstância do tempo
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
fui noite
em tardes de neblina
pardacenta…
a inocência rasga
o ventre
do corpo que já foi meu…
procuro o atalho do tempo
e na clausura de mim
bebo a distância,
sombra dessa ausência,
que nos rouba a esperança.
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
jardim
florescem cheiros de luz
e sabores a terra molhada
neste jardim sem estações.
os corpos dançam o ritual das estátuas,
movimento sem rosto
nem prazer,
somente inocência
no sossego vertiginoso da penumbra...
a lua tranquila
mostra a nudez do sonho
enquanto as nuvens
acenam ao poeta
que caminha para lá do horizonte
foto de autor desconhecido
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
hoje preciso
da voz das estrelas
do perfume do universo
do sabor metafórico do desejo
do teu rosto de lábios urgentes…
e da nudez das palavras
que traz a infância do silêncio
foto de autor desconhecido
segunda-feira, 15 de setembro de 2014
folhagem
escrevo o poema
na dança da folhagem…
a brisa traz-nos o ocaso
é tempo de madrugadas insuspeitas
que escodem a memória dos afetos
agora somente acena o silêncio
em horizontes embaciados
pelos estilhaços do tempo
terça-feira, 19 de agosto de 2014
gosto de ti
sinto a falta
dos olhares que inventaste
das palavras que escreveste
dos caminhos que percorremos
em aventuras tamanhas…
o vento traz as pétalas
que espalhámos no mar de poemas que vivemos.
alinham-se as estrelas
e o infinito esconde-se
nas curvas do silêncio…
na boca resta-me ainda o gosto de ti
segunda-feira, 28 de julho de 2014
o amanhã
quedo-me na enseada e revejo a nudez com que esperas o amanhã…
o teu olhar distante, aponta caminhos de incerteza e o teu sussurro diz-me palavras inquietas…
a tua pele, mostra o brilho da paixão com que esperas a tarde de todas as chegadas.
o desejo já não é só um momento, antes eterniza-se na terra de todos os sonhos…
foto recolhida na internet
domingo, 27 de julho de 2014
dunas
Desce o crepúsculo nas dunas de um só mar
Esvaem-se as sombras de olhares sentidos
E esperam-se as estrelas
Em constelações de saudade.
O horizonte traz as palavras
Que se dizem no silêncio…
sexta-feira, 25 de julho de 2014
poeta
Despe-se o poeta
Em lânguidos sonhos
Que se perdem pela noite.
Dançam gemidos
Em madrugadas frias de saudade
E emergem poemas
Do corpo perdido em desejos…
segunda-feira, 21 de julho de 2014
soleira
sozinho na planície
vivo o silêncio das palavras,
diálogo de gestos
e olhares
que atravessam o momento…
sente-se o cheiro da madrugada
orvalho dos corpos,
feito desejo,
que se agiganta na sombra
ao nascer do dia.
renascem beijos,
toques…
e os corpos vivem vontades
na soleira de tantos sonhos.
sábado, 19 de julho de 2014
o olhar
Caminho nas ruínas de uma vida,
Ao longe alinham-se os jacarandás.
A avenida traz a saudade
Dos encontros a dois sob o firmamento…
As estrelas acariciavam os corpos,
As palavras tinham juras de amor finito
E os beijos ficavam na incerteza do desejo.
Soava a despedida o teu olhar…
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