o vento amigo deixou-me a tua fragrância nesta noite em que impuseste a tua ausência . solidão, desejo... tudo ficou para além do horizonte onde te deixaste ficar...

fecho os olhos e o sonho povoa a minha mente . recordações de tantos momentos vividos com a intensidade da loucura.
recordo-te em beijos, carícias, em juras afirmadas . sussurros, gemidos...
tenho ainda nas minhas mãos a rigidez dos teus seios de mamilos espetados apontado caminhos que só nós sabemos e palmilhamos
estás longe, demasiado longe
queria tanto fazer amor contigo...
grito o teu nome e só me responde a solidão

as tuas pernas trancam as minhas

o teu corpo cola-se ao meu

provo o teu beijo

com paixão
ardor
e em desejo

percorro-te

o meu olhar

o teu olhar

os meus dedos

as tuas mãos

o meu sexo

o teu sexo

e bebo-te de madrugada
entre as gotas frescas de orvalho

veste fria a madrugada...

sabem a lágrimas as gotas deste orvalho solitário e a relva fresca a humidade que escorre de ti...
sei-te deitada nos lençois de cetim que dançam na tua pele doce e aveludada . a cada contato olho-te na embriaguez do desejo .
e debruçados sobre a manhã saboreamos o vento  

caminhamos em dunas de esperança, olhando as ondas que desaguam na areia que foi cúmplice dos nossos passeios de mãos dadas....

lá longe fica o bosque onde fadas e duendes partilharam os momentos em que as nossas mãos nos conheceram eos nossos olhares pediram beijos, sexo ou tão só palavras doces...